Eu não tinha a idéia de como é fácil falar de Jesus para alguém no Brasil até que deixei o Brasil para viver no exterior. Falar de Jesus em um país cristão é extremamente fácil e mesmo assim não o fazemos.
Difícil (e as vezes quase impossível) é falar do Evangelho de Jesus em países não-cristãos, sobretudo em países muçulmanos. Como você falaria de Jesus para um hindu, ou para um budista ou muçulmano. Pense que todos os argumentos que você conhece e que talvez já tenha usado aí no Brasil simplesmente não fariam efeito algum. Quando um evangélico prega para um católico e ele se converte, na verdade, esse católico apenas trocou de igreja pois a religião é a mesma: o Cristianismo. Aliás, a Igreja Católica é o maior grupo cristão do mundo atual.
Aqui na Europa o Islamismo tem avançado consideravelmente. Acredita-se que o Islamismo é a religião que mais cresce no mundo. Na Inglaterra, um país tradicionalmente cristão, somente em 4 anos o número de muçulmanos aumentou de 500.000 para 2,4 milhões! Um crescimento 10 vezes maior do que o resto da sociedade. No mesmo período o número de cristãos diminuiu 2 milhões! (Veja Islan in Europe) Aqui em Paris, as ruas de 3 bairros e 5 cidades da periferia ficam lotadas de muçulmanos (e portanto bloqueadas para o trânsito por 2 horas) para as orações especiais da sexta-feira, já que o número de praticantes cresceu consideravelmente enquanto o governo se recusa a financiar (por enquanto) as contruções de novos templos e nem permite doações vindas do exterior.
Muçulmanos rezam nas ruas do bairro Barbès, em Paris. |
No Brasil os números são consideráveis levando em conta a progressão dos mesmos em pouco espaço de tempo. No ano 2000 eram só 27.000 fiéis. Hoje são 1,5 milhão e mais de 70 mesquitas! Um crescimento de 5600% em 10 anos! (Veja aqui esta matéria da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais - APMT).
Há quem pense que o Brasil nunca será islamizado. Será que os cristãos ingleses e franceses não pensavam assim há 100 ou 200 anos atrás? (Veja aqui matéria da revista época e aqui notícias das Missões Portas Abertas)
A islamização da Europa é um fato e aparentemente nada pode ser feito. As igrejas cristãs tradicionais são tímidas e o governo laico não se interessa por religião alguma. A burocracia é enorme tanto para cristãos abrirem uma nova igreja ou para muçulmanos construirem uma nova mesquita.
Enquanto isso salas de orações muçulmanas vão se proliferando sob o estatuto de associações culturais. Enquanto não conseguem construir mesquitas os muçulmanos reúnem-se nas ruas ou em pequenas salas e assim vão se multiplicando. Além de novos convertidos eles têm como vantagem a alta taxa de natalidade e a imigração.
Os novos convertidos são geralmente pessoas que não tinham religião alguma ou oriundas de famílias católicas que já não praticavam mais a sua fé. As famílias muçulmanas são grandes (é comum encontrarmos nos transportes públicos famílias muçulmanas com 4 ou 5 filhos) pois não praticam controle de natalidade. Depois tem a imigração: fugindo da miséria e da guerra, sobretudo nos países do maghreb (áfrica do norte) e do continente africano, esses muçulmanos vão se juntar às comunidades já formadas aqui na Europa e continuam a exercer a sua fé.
É bom salientar que, de acordo com crença islâmica, deixar a religião é pecado grave (apostasia) passível de punição. Em países onde se aplica a lei sharia (leis extraídas e baseadas no corão) normalmente a sentença de morte é aplicada, ainda mais quando a pessoa se converte para o cristianismo, que é a maioria dos casos. Em países mais liberais, pode-se não ocorrer punições físicas por parte das autoridades mas é a família que vai exercer pressão sobre o "apóstata". Ex-muçulmanos que se tornaram cristãos contam que foram expulsos de suas casas e perderam todos os amigos. Ou seja, de um dia ao outro, a pessoa se encontra excluída da sociedade. Uma mulher solteira normalmente vai sofrer castigos físicos (surras, agressões, queimaduras etc) de seus irmãos ou pais. Uma mulher casada não ousaria dizer a seu marido que se converteu ao cristianismo. Ela não pode nem pensar nessa hipótese... (Nesse vídeo uma telespectadora (marroquina morando na Inglaterra) liga para um programa evangélico via satélite voltado para a evangelização de muçulmanos e chora ao dizer que quer aceitar a Jesus Cristo mas seu marido é um muçulmano fanático e se ela o fizer terá de se divorciar e abandonar seus filhos! O vídeo é em árabe com legendas em inglês.)
Irmãos, não quero com estas linhas difundir islamofobia nem causar controvérsias. Jesus Cristo nos deixou a missão de irmos por todo o mundo e pregar à toda criatura. Se nós não temos ido aos países muçulmanos eles estão vindo até nós!
Não é fácil pregar para um muçulmano. Se você não conhece nenhum, prepare-se: em breve você vai conhecer. Se os cristãos, sobretudo os evangélicos do Brasil não estiverem prontos para evangelizá-los o que está acontecendo hoje aqui na Europa poderá se repetir no Brasil. Prepare-se, leia e informe-se sobre esta religião. Não se ganha um muçulmano discutindo com ele. Se você ofender suas crenças na primeira conversa ele vai simplesmente virar as costas pra você e pronto: você o perdeu para sempre. Os muçulmanos estudam muito o corão, então você vai precisar ter conhecimento de causa quando for discutir com algum. Temos uma vantagem: Jesus Cristo aparece no corão com o nome de Isa. Para eles foi um profeta à quem Deus (Alá) deu o poder de fazer milagres. De acordo com o corão Jesus não morreu na cruz nem é o filho de Deus. Ele foi arrebatado ao céu e não conheceu a morte. Eles esperam a sua volta como o mais distinto dos profetas de Deus para julgar o mundo e destruir o anti-cristo! Ainda de acordo com o Islam o profeta Maomé é mais importante do que Jesus por ter sido o último profeta enviado por Deus. Use tudo isso a seu favor!
Visite o site da missão A Voz dos Mártires (fundado pelo missionário romeno Richard Wurmbrand, autor de Torturado por Amor a Cristo e Cristo em Cadeias Comunistas). Clique na guia "Islamismo" e procure a série "Como alcançar muçulmanos". Está tudo bem explicado.
De acordo com os muçulmanos o nosso Deus e Alá são a mesma pessoa (Alá quer dizer "Deus" em árabe). Eles não estão muito errados pois Alá é o Deus de Abraão, portanto o nosso Deus. Enquanto a tradição judaico-cristã olha para os decendentes de Abraão a partir de Isaque os muçulmanos se voltam para Ismael, o filho da escrava egípcia (para o Islam não era uma escrava e sim a primeira esposa). Os descendentes de Isaque são os israelitas (judeus) e os descendentes de Ismael são os árabes. A diferença está nas características do Deus da Bíblia e de Alá do corão. Enquanto na Bíblia Deus é um pai amoroso que quer ter um relacionamento pessoal com seus filhos, para atraí-los de volta para Ele, no corão é bem diferente. Alá é distante e não se importa com ninguém. Tudo o que acontece é da vontade de Alá. Não se questiona a doença, a miséria, a maldição ou o sofrimento. O seguidor do Islam aceita tudo por achar que tudo é a vontade de Alá. Não se pode dirigir a Alá como amigo. Alá tem servos e não filhos. Dizer a Alá que você o ama é uma ofensa! Então Deus e Alá não podem ser a mesma pessoa.
Nos próximos posts vou apresentar testemunhos de ex-musulmanos covertidos ao Evangelho de Jesus Cristo. Deus tem levantado várias missões no mundo voltadas para a evangelização de muçulmanos (IslamExplained é uma missão em língua árabe, com programas via satélite e site internet para todo o mundo muçulmano).
A igreja evangélica no Brasil precisa orar e estar preparada para defender o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo. As divisões e escândalos tem afastados muitos que um dia conheceram Jesus. O mercantilismo do Evangelho tem decepcionado muita gente que agora anda por aí sem saber para onde ir. Esses são alvos fáceis para o Islam. Enquanto umas igrejas se preocupam em criticar as outras quem vai ganhando é o inimigo de Deus.
Ultimamente tenho sentido o desejo de aprender a língua árabe. O apóstolo Paulo disse que se fez de tolo para ganhar os tolos. Então podemos fazer o mesmo. (A língua oficial do Islam é o árabe, sendo fortemente aconselhado a leitura do corão somente nessa língua.)
Como cristãos é nosso dever defender o Evangelho de Cristo. Ir para à igreja e orar para que Deus salve o mundo não é o suficiente. Temos que arregaçar as mangas e ir à luta. Intrigas entre igrejas, guerra de audiência na tv, críticas ao pastor A ou B não servem de nada.
Que Deus, na sua infinita misericórdia, possa unir os cristãos de todo o mundo para que juntos possamos levar a mensagem do Evangelho de Jesus Cristo aos quatro cantos da terra.
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