Aqui na Europa as pessoas tem por hábito enfeitar pinheiros de verdade para o natal. Nessa época encontra-se comércio de pinheiros por toda a parte, principalmente nos estacionamentos dos grandes supermercados (pois os pinheiros são grandes e ocupam bastante espaço). O canal francês TF1 exibiu uma reportagem essa semana sobre esse comércio. Somente para o natal desse ano foram reservados 4 milhões de pinheiros e importados outros 2 milhões apenas para o consumo francês. É preciso esperar entre 6 anos e 8 anos para que os pinheiros atinjam o tamanho ideal para a venda. Os preços variam de R$60,00 (pequeno) até R$500,00 (grande), em média, e esse mercado está em ascensão. Os pinheiros são cortados próximos da raiz. Um suporte de madeira é então colocado na base do tronco para que o mesmo fique em pé.
Eu sei que árvore, papai-noel, troca de presentes e todo esse comércio não tem nada a ver com o nascimento de Jesus Cristo. Aliás Jesus Cristo nos mandou lembrar da sua morte (Lucas 22:19). Pois bem, mas eu não sou contra nada disso. Eu enfeitei a minha árvore (artificial), minha filha de 3 aninhos adora as luzinhas que ficam piscando e acredita no papai-noel. Vou fazer uma ceia de natal e vou receber alguns amigos. Para mim isso é o natal: festa, comida, amigos. Quanto a Jesus Cristo: ele nasceu dentro do meu coração há alguns anos atrás e por isso pra mim todo dia é natal!
Mas fiquei pensando nos 6 milhões de pinheiros enfeitados esse ano na sala de muita gente aqui na frança. Se eles foram cortados, logo, estão morrendo. A natureza é viva e portanto o pobre pinheiro deve estar sofrendo. Porém ele foi enfeitado e está todo cheio de luzes que piscam sem parar. As pessoas fazem festa, tem música e comida. No meio dessa alegria toda o pinheiro vai definhando, contando os dias até a sua morte total. Então pensei nele como um cadáver enfeitado no meio da festa...
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